Enquanto a Primavera e o Verão transpiram ação, o “tempo do ocaso” traz consigo o termo, o fim. Como no ocaso do sol em que a luz se recolhe e guarda o seu fulgor, resguardando-se na noite, a estação convida-nos a grande última colheita e a recolher, a voltar para a nossa casa interior. É quando no contraste das cores quentes, analisamos os contrastes que ocorrem na nossa vida – o que colhi de bom? O que estou a colher que desgosto? O que tenho de libertar, como a árvore que desprende as suas folhas? O que tenho de manter para o meu ser, para o meu tronco? Como por magia, a ordem vem do equinócio, com a sua nivelação das horas da noite e do dia, que nos diz: “Equilibra-te, Equilibra. Ora ação, Ora Contemplação.”

Setembro, 2018

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