Olá!
Eu sou Karina.
Torne-se no seu próprio Líder e isso definirá a sua vida para sempre.
A minha missão é fazer com que isso aconteça.
Texto retirado do Capítulo o Poder da Comunicação, do livro “Metodologia Humanística: Os Sete Poderes que Todos Nós Possuímos”, de Karina M. Kimmig.
Quando a criança aprende que a bola é um objeto redondo, com o qual pode brincar, a criança associa a experiência, aos seus momentos de brincadeira com a bola, à imagem, à aprendizagem da palavra bola. A palavra bola deixa de ser apenas 4 letras, um dissílabo, para se tornar numa partícula com vida. A criança ainda associará momentos de emoção, através da alegria de brincar com a bola com os pais, de ter e ser a atenção dos pais quando pega e atira a bola, e quando fala sobre a bola. A bola passou do estatuto de palavra a um significado profundo, e de um objeto redondo a uma experiência vivida.
A experiência é o quarto elemento do esquema de comunicação MHM – MORE Humanistic Methodology, e influencia como ouvimos as palavras que nos são ditas e as palavras que escolhemos na nossa comunicação.
Por trabalhar com pessoas, certa vez numa empresa, pude observar como um e-mail, o mesmo e-mail, com as mesmas palavras, obtinha uma resposta negativa de uma pessoa, e positiva de outra. O que tinha acontecido?
Como poderiam duas pessoas reagir distintamente sobre o mesmo conteúdo de e-mail?
Aquele que lia os factos descritos no e-mail como se estivesse a ser apontado nas suas “falhas”, criticado, vivenciava essa experiência como negativa. O outro colaborador que lia o e-mail como feedback ao que poderia melhorar, e via o erro como aprendizagem para o seu crescimento, respondia construtivamente à experiência. Era claro que, aquele que “sofria” com a experiência era sensível a algumas das palavras no texto pois, de forma inconsciente, transportava-o para um conjunto de experiências e pensamentos correlacionados com aquelas palavras, em situações que tinha sido “apontado” pelos seus “erros”. Ao contrário do outro colaborador, que não relacionava aquelas palavras como negativas, e lia no e-mail assertividade e apoio para a sua melhoria como profissional. O que diferenciava ambos colaboradores era a experiência.
A experiência moldou a forma como cada um lia, ouvia, respondia, e reagia a certas palavras. O que experienciava negativamente a situação, ao falar do conteúdo no e-mail, usava palavras como “fui atacado, foi desrespeitoso, não estou a mandriar, foi injusto”. Já o outro que via o e-mail de forma assertiva, referia palavras como “positivo, apontou os factos de forma precisa, é bom ter feedback porque ajuda-me a entender o que fiz e não fiz bem. Dá-me direção.”
Modelo de comunicação da MHM
Com trabalho posterior através do modelo de comunicação da MHM, a pessoa da experiência negativa havia vivenciado situações difíceis na infância e adolescência, em que havia sido exposto a duras críticas, chacota pública, e os erros eram punidos, e mesmo quando não havia feito nada era considerado culpado. O outro colega tinha tido outro tipo de experiências, nas quais cresceu num ambiente em que errar era normal, e a pessoa seria honrada em responsabilizar-se, encontrar uma solução e tudo se resolveria através da comunicação.
É como se promovesse a sua própria infelicidade, porque não é fora que mudará a experiência que viveu, mas é dentro, e é dentro que a magia da mudança deve acontecer.
KARINA M. KIMMIG
Artigo original publicado em Outubro de 2017