Olá!
Eu sou Karina.
Torne-se no seu próprio Líder e isso definirá a sua vida para sempre.
A minha missão é fazer com que isso aconteça.
O que os líderes podem aprender com a formiga?
Em artigos de revistas, em conferências, em cursos, em feiras de recursos humanos e noutros momentos de troca de informação e formação, provavelmente tenha ouvido falar na liderança, no papel do líder, no ideal em gestão dos colaboradores e conceitos sumptuosos que são válidos até uma nova “onda” com novos conceitos aparecer. Por vezes, conceitos deixam-nos distantes de um processo simples, um processo da natureza, inclusive humano, da luta da espécie. Ao retornar a observar o sucesso das espécies na natureza, ao fazer um “Benchmarking animal”, poderá está a perguntar – O que poderá como líder aprender com a formiga? A qualquer altura e ainda mais em tempo da chamada “crise”, todos lutam pela sobrevivência e manutenção de si e do que é a empresa, por consequência, a fonte de “alimento”. Todavia, diferente das formigas, gestores envolvem-se na luta da manutenção do seu próprio lugar, ou na luta feroz com a concorrência, porque não desejam ser o “petisco”, e postpone o que é principal ou mesmo sobrecarrega o melhor da empresa – os aprendizes colaboradores. Estes são os que seguem na fila, por vezes, perdidos porque não sabem realmente onde está o caminho para chegar a comida e nem qual é realmente o objectivo. Na maratona financeira, quem realmente abranda o passo para ensinar a quem pode apoiar o líder a atingir o objectivo? Quantos são os gestores que realmente partilham poder e tempo com outros aprendizes, para que nos seus momentos de cansaço na caminhada, ou na defesa da equipa, possa ser um “formigueiro sólido”, ao invés de desmoronar áreas da empresa?O tempo é usado para um fluxo de informações sobre revenue, concorrência, repport, payback e as self-management formigas não sabem o que fazer com as suas antenas. A própria economia nos tem ensinado que, na crise, somente com o esforço se pode crescer, e foram as diversas formigas cidadãs, que através de investimento e impostos, puderam apoiar empresas a não encerrarem após o ocorrido nos E.U.A. neste último ano (2008).
O shift na liderança deste século, não é ser líder, mas viver a liderança como missão de vida.
KARINA M. KIMMIG
Porém, muitas empresas esqueceram de partilhar objectivos, de abrandar o crescimento por fortalecimento da fila, porque ao contrário da espécie formiga, o lucro a curto prazo é mais desejado que a longo termo. A comida a curto prazo, as próprias formigas aprenderam, que não apresenta resultados para a propagação da espécie. Talvez possamos aprender a lição de pensar a longo termo para ajudar ao nosso, e de muitos outros, postos de trabalho.
A gestão da empresa, que todos sabemos que se realiza pela gestão de pessoas, é a gestão da formiga na longa fila de formigas rumo ao objectivo. É a capacidade em parar, apoiar, partilhar, manter a motivação, para que toda a fila continue e prospere. A formiga não pensa apenas nela, mas a nível colectivo. O líder é aquele que gere uma empresa, como um organismo vivo numa colectividade. Caso outro líder o suceda, a fila sabe continuar rumo ao objectivo, a espécie sobrevive a crise, funciona como um sistema, e não auto aniquila-se.
O que os líderes podem aprender com o elefante?
Podemos também aprender como seleccionar líderes, seja na política, seja na empresa, com o elefante. Com um período de vida entre 60-70 anos, são conhecidos por uma das redes sociais melhor articulada no reino animal, como também força, inteligência e “personalidade”. O investigador George Wittemyerg, da Universidade de Califórnia, constatou a interessante forma de comunicação e liderança dos paquidermes. Os elefantes estão em permanente deliberação de decisão, quer no caminho a percorrer, na alimentação, como na segurança da espécie. Nem sempre existe consenso, porque todas as opiniões são importantes. Quando após discussão isso acontece, a matriarca líder dá a última palavra para um acordo. As fêmeas líderes, em geral as mais velhas, não são escolhidas pela idade, mas antes pelo facto de provar serem dignas do cargo de liderança. Os líderes são escolhidos de acordo a um conjunto de critérios, tais como, capacidade de comunicação, relação social, habilidade em resolver situações socialmente difíceis, o comando através do respeito dos seus congéneres, e deve provar que em períodos de crise, possuem sabedoria, coragem e táctica para superar tal momento.
As eleitas que possuem melhor comida e abrigo para dormir, em contrapartida, são as que possuem maiores responsabilidades, sendo que perante um grupo de predadores, ou um conflito com outro grupo de elefantes, posicionam-se à frente, podendo significar a morte ou serem feridas.
Talvez possamos aprender como escolher líderes com os elefantes. Enquanto a crise pode ser uma condição sine qua non da seleção do líder, a nossa sociedade brinda as excepções que vencem a crise. Em tempo de crise, a líder elefante assume a responsabilidade e procura sabiamente uma solução, usa a coragem aliada à táctica, para sair do problema e a diplomacia para mover todo o grupo a quilómetros de distância. Quantos gestores partilham as dificuldades e sua táctica para conseguir a cooperação? Quantos líderes focam-se em soluções, ao invés, dos problemas? Quantos gestores despendem colaboradores, sem passar essa árdua tarefa ao departamento de recursos humanos? Quantas empresas estabelecem como parte da política e missão manter o sistema consciente que é um todo, e que a “morte” de um elemento (colaborador) prejudica a “espécie”?
O que é importante para quem eu lidero?
Mais uma vez é a sobrevivência de todo um sistema. A preservação do sistema é também conhecido como motivação. Um líder sábio, respeitado e que partilha, tem como resposta adesão do grupo, tal como os paquidermes. A motivação, talvez esteja muitas vezes associada a comandar por benefícios monetários, vouchers ou divertimento, sendo um simples exercício de valores. O que é importante para quem eu lidero? Amparar o subordinado num momento difícil, mostra-se mais importante do que oferecer um jantar e uma palmada nas costas. Os benefícios irão manter os colaboradores por algum tempo, curto prazo, enquanto os valores a longo prazo.
Portanto, quando o maior inimigo do elefante é o próprio ser humano, e quando o elefante representa a memória da ecologia do planeta, que está em risco de extinção, talvez andamos a dar tiros nos próprios pés. O shift na liderança deste século, não é ser líder, mas viver a liderança como missão de vida.
Artigo original publicado em Outubro de 2009, na Revista Recursos Humanos Magazine.