Avatar: Ficção ou Realidade?

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Nos últimos três meses, um dos filmes mais vistos, e record de bilheteira mundial, chama-se Avatar. A palavra Avatar, já conhecida no meio informático como uma representação visual de um utilizador em realidade virtual, em modelo 3D, facilmente conquistou o público. De forma coincidente, o filme que também pôde ser visto em 3D, teve um título “copy-paste” da palavra Avatar, cuja origem remonta ao sânscrito Avatāra. A palavra Avatar da religião Hindu, significa “Encarnação” ou “Aquele que descende de Deus“, ou seja, um espírito que ocupa um corpo físico, representando assim uma manifestação divina na Terra.

Da encarnação virtual dos jogos eletrónicos ao filme de ficção científica, Avatar, escrito e dirigido por James Cameron, tem atraído milhares de pessoas, ao que parece mais pela tecnologia do que talvez pelo enredo. O cenário, a montagem e a opção de visualizar o filme em 3D, que acompanha a trama, deixa-nos uma sensação high-tech mais presente do que provavelmente a moral da história.

Moral da História

Numa guerra travada em Pandora, entre os colonizadores humanos e os nativos humanóides – os Na’vi, o Avatar é aquele que vem “salvar” a tribo. Os humanos desejam os recursos do planeta que lhes proporcionam o vil metal, e os nativos preservarem a continuação da existência da espécie no seu canto “paradisíaco”.

A trama deste filme não é nova, e está presente em diversos filmes, livros e no jornal de notícias diário. A guerra entre nações e pessoas, a fim de obter recursos lucrativos, matando nativos do local onde residem. Sim, nativos. Por nativo entende-se o indivíduo que nasceu em determinado lugar. Alguém que nasceu em Lisboa é um nativo desse local.

Quantos nativos morrem diariamente por saque, roubo, condições exploratórias subumanas? A morte ocorrida devido a um assalto em Los Angeles, ou de pessoas na disputa de um território sagrado ou de petróleo no médio Oriente, fazem parte das notícias do nosso almoço. Na Amazónia, grupos indígenas continuam a serem alvejados e mortos por madeireiros, fazendeiros e outros que procuram apenas o vil metal, o lucro neste momento, em que lê este artigo.

A consciência ou o ato consciente, inicia-se pela tomada da sua responsabilidade em cada ato que pratica.

KARINA M. KIMMIG

Ver a grande árvore em Pandora cair, é ver também milhares de árvores que são derrubadas, dia após dia, sem nenhuma ação consciente a favor do equilíbrio ambiental e daqueles que vivem nesse meio ambiente.

Sai apenas com menos dinheiro ou com alguma consciência ativa?

A pergunta que permanece para todos aqueles que compraram o bilhete para ver o Avatar é, se após pagar o preço da tecnologia, sai apenas com menos dinheiro ou com alguma consciência ativa da mensagem do filme?

Quando ouvimos falar em consciência pensamos em algo abstrato, como proteger espécies, o planeta e outros temas, nos quais muitos de nós falamos no nosso dia a dia. Todavia, a consciência pode ser algo mais concreto e “palpável”. A consciência ou o ato consciente, inicia-se pela tomada da sua responsabilidade em cada ato que pratica. É a consciência de que em cada ato é responsável pelo seu pensamento, emoção e comportamento, bem como, consciente dos benefícios e adversidades que isso trará à si e aos que o rodeiam. Ser consciente não é apenas lutar com o Greenpeace por um mundo melhor, mas é iniciar um pequeno comportamento diário, como, por exemplo, não atirar o cigarro para o quintal do vizinho, ser paciente com o táxi que parou para que o cliente saia do carro, ser gentil ao deixar uma pessoa passar, ser compreensivo com a dor alheia, ser ético em não levar vantagem ou tomar para si o que é alheio, que pode ir desde a cópia de algumas folhas do livro de um autor, contatos, até uma ideia que não é sua, entre tantas outras coisas mais.

Na base dos cursos que ministro, está também o desenvolvimento da consciência e responsabilidade que cada um tem pelos seus atos. Cada escolha que faz é uma responsabilidade sua, um caminho que escolhe e decide percorrer. Cada pensamento que pensa é seu, e, como tal, pode escolher o que pensará a seguir. Pode pensar nas consequências que esses pensamentos terão para si e para a sua família. Também pode escolher o que sente. Pode num minuto sentir-se irritado e decidir continuar a sentir essa irritação, ou pode mudar o seu estado de espírito e acalmar-se, através de um comportamento ou pensamento diferente sobre o que lhe está a acontecer.

Essa é a diferença entre viver a realidade com consciência e sob a sua responsabilidade, influenciando onde e com quem interrelaciona-se, ou deixar as rédeas da sua vida em outras mãos. Talvez, esta possa ser uma das mensagens da ficção do Avatar para o nosso cenário da vida real, quando Neytiri diz ao Avatar Jake Sully: “Sinta”. Sentir o momento, o agora, o que está a fazer, o que está a pensar. Simplemente, estar Consciente.

Artigo original publicado em Abril de 2010

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